Objetivos |
O desafio analítico da disciplina é o de contextualizar, tomando
como base o legado foucaultiano e de outros autores de matriz
pós-estruturalista, a complexidade sócio-histórica que designa o mundo
contemporâneo consubstanciada nas práticas escolares e nas relações
entre seus protagonistas. Desse modo, pretende-se sedimentar um solo
conceitual capaz de oferecer novas perspectivas teórico-práticas (de
teor pós-crítico, especificamente) no que se refere aos desafios do
trabalho docente na atualidade. |
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Docente(s) Responsável(eis) |
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95192 - Julio Roberto Groppa Aquino
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Programa Resumido |
A disciplina, na perspectiva aqui adotada, visa propiciar uma
análise crítica – do ponto de vista pós-estruturalista – de algumas
tendências sócio-culturais presentes nos modos de subjetivação atuais,
procurando analisar, em particular, suas atualizações no cotidiano
escolar. Para tanto, propõe-se a circunscrever teoricamente dois eixos
temáticos complementares: os processos de subjetivação no mundo
contemporâneo e suas repercussões nas práticas escolares. |
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Programa |
I. Os discursos sobre a escola contemporânea II.
Subjetividade e (pós-)modernidade: problematizações III. A hipótese
foucaultiana: a sociedade disciplinar IV. Governamentalidade,
biopoder e biossociabilidade V. As políticas atuais de subjetivação e
o governo do eu VI. As sociedades de controle e suas repercussões VII.
A educação na vertente pós-crítica VIII. A escola contemporânea e os
novos dispositivos de subjetivação IX. Para além do sujeito da
educação X. A docência e a filosofia da diferença
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Avaliação |
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Método |
• Aulas expositivas dialogadas • Debates coletivos a partir
dos textos |
Critério |
• Trabalhos escritos e outras atividades programadas •
Trabalhos de conclusão de curso individuais ou em duplas |
Norma de Recuperação |
• Revisão/aprofundamento do trabalho de conclusão individual |
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ARAÚJO, I. L. Foucault e a crítica do sujeito. Curitiba:
Ed. UFPR, 2001. AQUINO, J.G. Instantâneos da escola contemporânea.
Campinas: Papirus, 2007. _______. Indisciplina: o
contraponto das escolas democráticas. São Paulo: Moderna, 2003. _______.
Do cotidiano escolar: ensaios sobre a ética e seus avessos.
São Paulo: Summus, 2000. AQUINO, J.G.; SAYÃO, R. Em defesa da
escola. Campinas: Papirus, 2004. BAUMAN, Z. Identidade. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar, 2005. ________. Globalização: as
conseqüências humanas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001. ________.
Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001. ________.
O mal-estar da pós-modernidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,
1998. CASTELO BRANCO, G.; PORTOCARRERO, V. (orgs.) Retratos de
Foucault. Rio de Janeiro: Nau, 2000. COMTE-SPONVILLE, A. A
felicidade, desesperadamente. São Paulo: Martins Fontes, 2001. CORAZZA,
S. Artistagens: filosofia da diferença e educação. Belo Horizonte:
Autêntica, 2006. ________. Para uma filosofia do inferno na
educação: Nietzsche, Deleuze e outros malditos afins. Belo Horizonte:
Autêntica, 2002. CORAZZA, S.; TADEU, T. Composições. Belo
Horizonte: Autêntica, 2003. COSTA, R. “Sociedade de controle”. São
Paulo em perspectiva, v.18, n.1, 2004, p.151-160. DELEUZE, G.;
PARNET, C. Diálogos. São Paulo: Escuta, 1998. DELEUZE, G.
Conversações. São Paulo: Trinta e quatro, 1992. DREYFUS, H.;
RABINOW, P. Michel Foucault, uma trajetória filosófica. Rio de Janeiro:
Forense Universitária, 1995. DUBET, F. “A formação dos indivíduos: a
desinstitucionalização”. Revista Contemporaneidade e Educação, v.3,
1998, p.27-33. ––––––. “Quando o sociólogo quer saber o que é
ser professor”. Revista Brasileira de Educação, n.5-6, 1997, p.222-231. FONSECA,
M. A. Michel Foucault e a constituição do sujeito. São Paulo: EDUC,
2003. FOUCAULT, M. “O sujeito e o poder”. IN: DREYFUS, H.; RABINOW,
P. Michel Foucault, uma trajetória filosófica. Rio de Janeiro: Forense
Universitária, 1995, p.231-249. ––––––––––. A hermenêutica
do sujeito. São Paulo: Martins Fontes, 2004. ––––––––––.
Estratégia, poder-saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004. ––––––––––.
Ética, sexualidade, política. Rio de Janeiro: Forense
Universitária, 2004. ––––––––––. Em defesa da sociedade. São
Paulo: Martins Fontes, 1999. __________. A verdade e as
formas jurídicas. Rio de Janeiro: Nau, 1996. __________.
Vigiar e punir: o nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes, 1987. __________.
História da Sexualidade I – a vontade de saber. 7.ed. Rio de
Janeiro: Graal, 1985. GALLO, S. Deleuze & a educação. Belo
Horizonte: Autêntica, 2003. FREIRE COSTA, J. “O sujeito na saúde
coletiva” [VHS]. FRIDMAN, L. C. Vertigens pós-modernas. Rio de
Janeiro: Relume Dumará, 2000. GADELHA COSTA, S. S. “Educação,
políticas de subjetivação e sociedades de controle”. IN: MARCONDES, A.;
FERNANDES, A.; ROCHA, M. (orgs.) Novos possíveis no encontro da
psicologia com a educação. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2007, p.15-36. GARCIA,
M. M. A. “O intelectual educacional e o professor críticos: o pastorado
das consciências”. Currículo sem fronteiras, v.2, n.2, 2002, p.53-78. GIDDENS,
A. Mundo em descontrole. 3.ed. Rio de Janeiro: Record, 2003. ________.
Modernidade e identidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002. HALL,
S. Identidade cultural na pós-modernidade. 8.ed. Rio de Janeiro:
DP&A, 2003. HARDT, M. “A sociedade mundial de controle”. IN:
ALLIEZ, E. (org.) Deleuze: uma vida filosófica. Rio de Janeiro: Trinta e
Quatro, 2000, p.357-372. LARROSA, J. Nietzsche e a educação. Belo
Horizonte: Autêntica, 2002. ________. Pedagogia Profana:
danças, piruetas e mascaradas. Belo Horizonte: Autêntica, 2001. LIPOVETSKY,
G. A era do vazio. Lisboa: Relógio d’água, 1989. MAIA, A.C.
“Biopoder, biopolítica e o tempo presente”. IN: NOVAES, A. (org.) O
homem-máquina. São Paulo: Companhia das Letras, 2003, p.77-108 MORAES,
T.D.; NASCIMENTO, M.L. “Da norma ao risco: transformações na produção
de subjetividades contemporâneas”. Psicologia em estudo, Maringá, v.7,
n.1, 2002, p.91-102. NARDI, H.C.; SILVA, R.N. “A emergência de um
saber psicológico e as políticas de individualização”. Educação &
Realidade, v.29, n.1, 2004, p.187-197. Ó, J.R. O governo de si
mesmo. Lisboa: Educa, 2003. PASSETI, E. “Segurança, confiança e
tolerância: comandos na sociedade de controle”. São Paulo em
perspectiva, v.18, n.1, 2004, p.161-167. PELBART, P.P. Vida capital:
ensaios de biopolítica. São Paulo: Iluminuras, 2003. _________.
A vertigem por um fio: políticas da subjetividade contemporânea. São
Paulo: Iluminuras, 2000. _________. “Subjetividades
contemporâneas”. Subjetividades contemporâneas. São Paulo: Instituto
Sedes Sapientae, ano 1, n.1, 1997, p.4-11. POL-DROIT, R. Michel
Foucault: entrevistas. Rio de Janeiro: Graal, 2006. PORTOCARRERO, V.
“Instituição escolar e normalização em Foucault e Canguilhem”. Educação
& Realidade, v.29, n.1, 2004, p.169-185. RABINOW, P.
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Deleuze. Rio de Janeiro: DP&A. REVEL, J. Michel Foucault:
conceitos essenciais. São Carlos: Claraluz, 2005. RIBEIRO, R.J.
org.). Recordar Foucault. Rio de Janeiro: Editora Brasiliense, 1985. ROSE,
N. “Como se deve fazer a história do eu”. Educação & Realidade,
v.26, n.1, 2001, p.33-57. _____. “Governando a alma: a formação
do eu privado”. IN: SILVA, T. T. (org.). Liberdades reguladas.
Petrópolis: Vozes, 1998, p.30-45. _____. “Inventando nossos eus”.
IN: SILVA, T. T. (org.) Nunca fomos humanos. Belo Horizonte: Autêntica,
2001, p.137-204. SCAVONE, L.; ALVAREZ, M.C.; MISKOLCI,R. (orgs.) O
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Liberdades reguladas: a pedagogia construtivista e outras formas de
governo do eu. Petrópolis: Vozes, 1998. ______. (org.) O
sujeito da educação. Petrópolis: Vozes, 1994. VARELA, J.;
ALVAREZ-URIA, F. “A maquinaria escolar”. Teoria & Educação, n.6,
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Horizonte: Autêntica, 2003. ____________. “Pensar a escola como uma
instituição que pelo menos garanta a manutenção das conquistas
fundamentais da modernidade”. IN: COSTA, M.V. (org.) A escola tem
futuro? Rio de Janeiro: DP&A, 2003, p.103-126. ____________.
“De geometrias, currículo e diferenças”. Educação & Sociedade, ano
XXIII, n.79, 2002, p.163-186. VEIGA NETO, A. (org.) Crítica
pós-estruturalista e educação. Porto Alegre: Sulina, 1995.
REVISTAS: Foucault
pensa a educação. São Paulo: Segmento, 2007. Deleuze pensa a
educação. São Paulo: Segmento, 2007.
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